sexta-feira, 16 de março de 2012



(In CORREIO DO DOURO, 14.03.2012)

PARLAMENTO REINTEGRA BARROS BASTO NO EXÉRCITO

Por Paula Morgado

Depois de a Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais ter procedido à reabilitação moral do capitão Barros Basto, devolvendo-lhe  bom nome a que todos os cidadãos têm direito, agora, com argumentos idênticos, a Comissão parlamentar de Defesa Nacional decidiu que ele deve ser reintegrado no exército.
A neta de Barros Basto, Isabel Ferreira Lopes, dirigente da comunidade israelita do Porto, fundada pelo avô, confessou o seu agrado pela decisão: «Deus permitiu que se fizesse justiça 50 anos após a morte do meu avô. A sua  alma poderá agora descansar em paz.»
No relatório final da Comissão de Defesa Nacional, aprovado por unanimidade de todas as forças políticas, é dado por assente que Barros Basto foi punido por factos que se «relacionam directamente com a prática regular da sua religião» e que o processo de que foi alvo «se traduz num processo de perseguição e discriminação religiosa», donde se segue que «os grupos parlamentares devem proceder à elaboração de um Projeto de Resolução com vista a reintegrar postumamente nas fileiras do Exército o Capitão Arthur Carlos Barros Basto».
CDS e PSD, com maioria no parlamento, já tomaram a iniciativa de elaborar o projecto de Resolução que formalizará a reintegração simbólica de Barros Basto no exército, provavelmente com a patente de coronel. A reintegração é agora um facto consumado.
in Aurora Digital Un acto que corrige la injusticia http://www.aurora-israel.co.il/articulos/israel/Titular/43665/ 

Reivindican a un militar judeo-portugués 


La Liga Anti-Difamación (ADL) aplaudió la decisión de Portugal de restablecer al capitán Arthur Carlos de Barros Basto en el ejército portugués después de su despido debido al antisemitismo en 1937. Barros Basto nació en Amarante, Portugal, en 1887 y falleció en 1961.
“La injusticia cometida contra el capitán Barros Basto ha pesado demasiado tiempo en la reputación de Portugal en la comunidad judía y en la conciencia de la sociedad portuguesa“, dijo Abraham H. Foxman, director de la ADL. “El voto no era sólo a favor de reintegrarlo, sino que también estaba a favor del honor de Portugal. Así como este acto de discriminación refleja un problema social más amplio en el tiempo, la rehabilitación luego de pasado mucho tiempo del capitán Barros Basto refleja el compromiso de Portugal de los derechos humanos hoy en día.“
En una carta a Maria da Assun¢ão Esteves, presidente de la Asamblea de la República de Portugal, la ADL manifestó que apreciaba la decisión del Parlamento de pronunciarse contra el antisemitismo mediante el restablecimiento del capitán Barros Basto en el Ejército del país.
La resolución que el Parlamento de Portugal aprobó fue titulada “Solicitud de reintegro en el Ejército de Infantería al capitán Arturo Carlos Barros Basto, que fue objeto de la segregación política y religiosa en 1937.  
El Capitán Barros Basto fue criado como católico, pero regresó a sus raíces judías después de la Primera Guerra Mundial. Se esforzó por proselitismo entre los conversos, los descendientes de judíos convertidos a la fuerza en el siglo XV y construyó instituciones judías en su ciudad natal de Porto que se opusieron a la Iglesia Católica y al régimen fascista de Salazar. Fue expulsado del Ejército, que dictaminó el 12 de junio de 1937 que el capitán Barros Basto “había realizado la operación de la circuncisión de varios estudiantes en virtud de un precepto de la religión israelita que profesa“ y carecía de la “capacidad moral“ para servir en el Ejército.






sábado, 10 de março de 2012


Público, 01 de Março de 2012

“Dreyfus português” reabilitado no Parlamento

“Um dia será feita justiça, a verdade virá ao de cima.” Isabel Ferreira Lopes lembra a frase que o avô, o capitão Barros Basto, um judeu expulso do exército em 1937 por actos relacionados com a religião, repetiu vezes sem conta. O dia, para a família, chegou ontem, 75 anos depois.
A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República (AR) considerou que o Estado português deve reintegrar postumamente no exército o capitão – apontado como o caso “Dreyfus português”- face a “uma manifesta violação da liberdade de religião e culto”.
“Finalmente foi feita justiça. O nome do meu avô foi reabilitado”, disse ao Público a neta, emocionada com a decisão.
Barros Basto foi punido por afectar a “respeitabilidade e o decoro militar” ao fazer a circuncisão a vários alunos do Instituto Teológico Israelita do Porto, do qual era Director .
“O meu avô ficou sem emprego e sem meios para sobreviver aos 50 anos”, diz Isabel. Morreu aos 74 anos “pobre e amargurado”, mas com a esperança de um dia ser reabilitado.
Para a Comissão parlamentar, a decisão de 1937 foi “motivada por intolerância religiosa e por preconceito anti-semita”, dominante na época.
“Barros Basto foi separado do exército devido a um clima genérico de animosidade contra si motivado pelo facto de ser judeu, de não o encobrir, e, pelo contrário, de ostentar um proselitismo enérgico convertendo judeus portugueses marranos e seus descendentes”, refere a Comissão.

in Haaretz (jornal de Israel, de 09.03.2012)
traduzido do hebraico para o português por Israel Levi

Barros Basto reabilitado

Após uma grande luta da família do “Dreyfus português”, a Justiça foi finalmente reposta

75 anos depois de ter sido removido injustamente do exército português, o Parlamento de Portugal reabilitou o nome de um oficial judeu, descendente de marranos, que trabalhou muito em benefício dos judeus, ao recriar e revitalizar a comunidade judaica do país.
Arthur Barros Basto (1887-1961), cognominado o "Dreyfus português”, foi absolvido agora, pelo Parlamento, das alegações de comportamento “imoral” que haviam ditado a sua separação do exército em 1937.
"Esta é uma grande alegria, foi feita justiça", disse ao jornal Haaretz Inácio Steinhardt, co-autor da biografia de Barros Basto. "É o término bem sucedido de uma luta que percorreu três gerações da sua família", acrescentou.
A luta foi ganha pela neta de Barros Basto, Isabel Ferreira Lopes, depois de a sua avó e a sua mãe terem falhado os seus esforços. Numa decisão histórica, o Parlamento decidiu, por unanimidade, limpar o nome de Barros Basto, 50 anos após a sua morte.
"O Parlamento declarou que a decisão de 1937 que puniu o meu avô foi uma decisão antissemita. Ele não foi imoral. A decisão que o condenou é que foi imoral", disse Isabel.
Entretanto, o Director Geral da Anti-Defamation League, Abraham Foxman, afirmou que a decisão do parlamento é uma decisão importante "para a dignidade de Portugal”, tendo acrescentado: “A injustiça feita a Barros Basto era um peso muito grande sobre a reputação de Portugal e sobre a consciência colectiva do seu próprio povo."
Também a organização Ladina, que participou na campanha para limpar o nome de Barros Basto, saudou a decisão do Parlamento, chamando-lhe "uma vitória da luz sobre as trevas. "
Barros Basto, que nasceu em 1887, foi um herói da revolução republicana de 1910; na primeira Guerra Mundial foi condecorado por bravura; e na década de 20, regressou às suas origens judaicas, de que havia tomado conhecimento por intermédio do seu avô.
Barros Basto começou por fundar uma comunidade judaica na cidade do Porto – onde também construiu uma sinagoga e uma yeshivá – e publicou um jornal comunitário. Esta sua actividade despertou um grande interesse entre centenas de descendentes de famílias judias.
Em 1926, outro golpe militar ocorreu em Portugal, e o país tornou-se uma ditadura. Esse facto alterou, para pior, a relação das autoridades com a actividade de Barros Basto em favor dos marranos descendentes de judeus.
Barros Basto foi inicialmente perseguido e acusado de ser homossexual, mas foi completamente absolvido. Em seguida, o exército quis julgá-lo por questões relacionadas com a disciplina militar.
Ele seria condenado, em 1937, por comportamento impróprio de um oficial. O Conselho do exército entendeu que a participação de Barros Basto nas operações de "circuncisão” dos seus alunos da yeshivá era um comportamento próximo da homossexualidade.
Até à sua morte, em 1961, Barros Basto nunca recuperou desta indignidade. Morreu com o seu nome manchado.
Ao longo dos anos, ocorreram inúmeros esforços para limpar o seu nome. O próprio Dan Tichon, então Presidente do Knesset, chegou a discursar sobre o tema no Parlamento português.
Finalmente, o nome de Barros Basto foi agora limpo. Mas a luta pela reposição completa da Justiça continua noutra frente: o seu retorno simbólico ao exército! Para tanto, o Parlamento português já nomeou uma Comissão encarregada de decidir sobre a reintegração de Barros Basto no exército.
"Espera-se que este passo seja muito mais fácil do que o anterior, porque as razões do afastamento de Barros Basto do exército definitivamente não existem mais", conclui Steinhardt.

domingo, 4 de março de 2012


 iJN  01-03-2012


PARLAMENTO REABILITA MILITAR JUDEU

O Parlamento reabilitou ontem, por unanimidade, o nome do capitão Barros Basto, um oficial judeu separado do exército em 1937 por alegada “imoralidade”! O seu “crime” foi a participação nas cerimónias de circuncisão dos alunos do instituto israelita do Porto.

No parecer da Comissão, a que o JN teve acesso, a decisão de 1937 foi tomada em “manifesta violação da liberdade de religião e de culto” e terá tido origem na “intolerância religiosa e um preconceito anti-semita” que reinava na época. A tal ponto que o Exército considerou a circuncisão, tradição religiosa dos judeus, como atentória à “moralidade” do oficial Barros Basto, mas pior ainda, do “prestígio e decoro da sua farda”.
Descendente de judeus convertidos coercivamente ao cristianismo, Barros Basto retornou à fé dos seus antepassados e criou um instituto teológico israelita na cidade Porto. A partir daí lançou-se numa campanha cujo objectivo era persuadir outros, como ele, a regressarem, sem medo, ao judaísmo. Esta conduta foi muito mal encarada pelas autoridades da época – o antissemitismo atingia o seu auge – pelo que, sem grande surpresa, Barros Basto foi afastado do exército. Sem direito a nada. Nem reforma, nem tão pouco a exercer outra actividade. Acabou na miséria.
75 Anos depois o Parlamento reconhece que “Barros Basto foi separado do exército devido a um clima genérico de animosidade contra si motivado pelo facto de ser judeu, de não o encobrir, e, pelo contrário, de ostentar um proselitismo enérgico convertendo judeus portugueses marranos e seus descendentes”. E reabilita-o, embora postumamente.
Feliz com “esta boa nova” do parlamento, “há muito esperadas”, mostra-se a neta de Barros Basto, dirigente da comunidade israelita do Porto, que o avô fundou. Ao JN Isabel Ferreira Lopes afirmou a sua “gratidão” pelo facto de “a Comissão mais importante do Parlamento ter reconhecido hoje, formalmente, que o meu avô não foi imoral”. E acrescentou que “imoral foi, essa sim, a decisão que o condenou, votando-o deliberadamente à desconsideração na sua própria terra ”.
O caso Barros Basto não se esgotou ainda. Ao JN, Rui da Silva Leal, advogado da neta do capitão, e representante da Ordem dos Advogados na última unidade de reforma penal, diz que “o parlamento deve agora saber retirar as consequências práticas da decisão da 1.ª Comissão, porque a justiça só ficará integralmente reposta no dia em que, através de uma resolução, a Assembleia da República decretar a reintegração póstuma do senhor capitão no exército.”
O processo de reintegração de Barros Basto no exército está a cargo da Comissão de Defesa Nacional, que se deve pronunciar sobre o assunto durante o próximo mês de Abril.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011







Herói português ainda espera Justiça

Por Richard Zimler, in The Jewish Chronicle

Decorrido muito tempo após a morte de um capitão do exército português, que foi humilhado e perseguido por ter tentado restabelecer a comunidade judaica do país, há muito desaparecida, a sua neta continua a lutar pela sua reabilitação.   
Tendo descoberto, no início da sua vida, que era descendente de uma família judia, Artur Barros Basto acabaria por fundar, depois de 1920, uma yeshivá, um jornal comunitário e uma sinagoga no Porto.
Todavia, na década de 1930, em resposta à sua campanha, o governo fascista de Portugal condenou-o por ter participado em cerimónias de circuncisão, já depois de o ter investigado por falsas acusações de homossexualidade. Barros Basto foi despojado das suas insígnias militares e viu revogada a pensão a que teria direito.
Barros Basto nunca recuperou de tão grande humilhação pública. O seu movimento, tendente a reavivar a comunidade judaica do país, enfraqueceu, perdeu o apoio organizado e afundou-se; e ele próprio acabaria por morrer em 1961, quase completamente esquecido pelo público, após muitos anos de dificuldades financeiras e desgostos emocionais.
A neta de Barros Basto, Isabel Ferreira Lopes, que há muitos anos tem lutado pela reabilitação do avô, apresentou recentemente um novo pedido ao parlamento português. As tentativas anteriores falharam.
Um pedido formal apresentado pela esposa de Barros Basto, Lea Azancot, em 1975 - logo após o estabelecimento da democracia em Portugal - foi negado pelo exército.
«Na minha família, estamos todos muito orgulhosos do meu avô», diz Isabel. «A reabilitação do seu nome - se acontecer - significa vencer uma batalha que decorre há três gerações: a geração da minha avó, a geração da minha mãe, e a minha geração. Significa uma mínima compensação pelo sofrimento imenso do meu avô. O nosso amor por ele conseguiu restabelecer a Justiça.»
Depois de ter sido distinguido na Primeira Guerra Mundial por cumprir heroicamente o seu dever, Barros Basto regressou a Portugal e começou a estudar o idioma hebraico e a prática judaica. Ele estabeleceu-se, com a esposa, no Porto, onde instituiu uma comunidade judaica. Já não existia nenhuma comunidade judaica naquela cidade há 400 anos.
Na década de 1920, praticamente não existiam judeus praticantes em Portugal. Toda a comunidade judaica havia sido forçada a converter-se ao catolicismo, no final do século XV da Era comum, e depois tinha sido perseguida pela Inquisição, até ao final do século XVIII, por praticar o judaísmo em segredo.
No final da década de 1930, os sucessos de Barros Basto no reavivamento da comunidade judaica portuguesa fizeram com que ele fosse vítima do anti-semitismo latente na ditadura do país, que organizou a sua humilhação pública e a sua separação do serviço militar. 


(Traduzido do inglês por José Sampaio)

sábado, 19 de novembro de 2011


Portugal : Il est temps de réhabiliter le « Dreyfus » Portugais





Barros Basto venait d’une famille de Bnei Anusim (que les historiens appellent de façon péjorative «marranes»), des descendants de Juifs dont les ancêtres avaient été forcés de se convertir au catholicisme au 15ème siècle. Un héros oublié……

par Michael Freund

Il a été elevé en catholique, fait ses études et a été décoré en tant que soldat. Il commandait une compagnie d’infanterie portugaise lors de la Première Guerre mondiale, où il a combattu dans les tranchées des Flandres et pris part à l’offensive alliée pour libérer la Belgique.
Après la guerre, Barros Basto a décidé de ré-embrasser la foi de ses ancêtres. Il a étudié le judaïsme intensivement, s’est ensuite rendu au Maroc espagnol en Décembre 1920 et a entrepris un retour formel au Judaïsme devant un tribunal rabbinique.
De retour au Portugal, Barros Basto s’installe dans une ville du nord de Porto, où il a lancé une campagne publique pour persuader les autres Bnei Anusim de revenir à leurs racines. Revêtant son uniforme militaire et ses médailles, il a voyagé parmi les villes et villages de l’intérieur du Portugal, ce qui donnant des discours, des conférences cherchant ainsi  à inspirer les autres afin qu’ils suivent son exemple.
Après avoir été obligés de se cacher pendant  des siècles , des milliers de Bnei Anusim ont répondu à son appel et accepté de rejoindre son mouvement.
Barros Basto s’est tourné vers ses corréligionnaires de part le monde pour demander de l’aide, et a réussi à réunir les fonds nécessaires pour construire la magnifique synagogue Haim Mekor, qui existe toujours à Porto. Il ouvrit une école talmudique qui a fonctionné pendant neuf ans, où des dizaines de jeunes Bnei Anusim ont appris le mode de vie et la tradition juive.Il a également produit à lui seul un journal juif, Halapid (la Torche), et a été responsable de la publication de nombreux ouvrages sur l’histoire et la loi juive en portugais.
Mais son judaïsme révélé au grand jour, ses actions ayant entrainé des milliers de personnes à sa suite, n’ont pas plu au gouvernement et aux autorités ecclésiastiques. Ils ont cherché à étouffer  son mouvement naissant.. Le 12 Juin 1937, le Conseil supérieur de discipline de l’armée portugaise a conclu que Barros Basto manquait de « capacité morale » pour servir dans ses rangs.
Quel était exactement son «crime»?
Le conseil militaire a déclaré que Barros Basto avait « fait plusieurs étudiants en vertu d’un précepte de la religion israélite qu’il professe » et a dit qu’il était trop affectueux envers ses élèves.
En conséquence, ils l’ont expulsé des forces armées,  détruit sa carrière et sali son nom.
Cela a entraîné un terme à ses efforts pour réveiller au Portugal Bnei Anusim, beaucoup ont vu le traitement infligé a Barros Basto comme un signe que les autorités ne toléreraient pas leur retour au judaïsme.
Brisé Barros est mort en 1961. Dépouillé de son rang et humilié publiquement, parce qu’il était Juif.
Barros Basto a été comparé par les historiens tels que Cecil Roth à Alfred Dreyfus, officier de l’état-major français qui a été reconnu coupable de trahison sur la base d’accusations en 1894 et expulsé de l’armée française.
Mais contrairement à Dreyfus, Barros Basto n’a pas encore reçu la réhabilitation qu’il mérite.
Une fois que le Portugal a commencé sa transition vers la démocratie en 1975, sa famille a fait appel aux autorités pour remédier à la situation, mais leurs plaidoyers sont restés vains..
Cette dernière décennie, Shavei Israël, l’organisation que je préside, a été impliquée dans l’affaire Barros Basto. Au fil des ans, nous avons obtenu le soutien d’ organisations juives américaines telles que la Conférence des présidents, l’Union orthodoxe et les sionistes religieux d’Amérique, qui ont tous écrit à l’ambassadeur du Portugal à Washington sur la question.
Le mois dernier, le 31 Octobre, il y a eu un nouveau développement important.
Avec l’aide d’un avocat, la petite-fille du capitaine, Isabel Maria de Barros Lopes, a soumis une demande officielle au Président du Parlement portugais pour obtenir la réintégration à titre posthume de son grand-père dans l’armée.
Isabel m’a dit qu’elle est déterminée à aller jusqu’au bout. Tout comme son grand-père, elle n’a pas peur de se battre pour ce qui est juste.
La pression doit être exercée sur les responsables portugais.
Contactez l’Ambassade du Portugal du pays où vous vous trouvez et signez également  la petition en ligne à l’attention du chef du parlement portugais.
Nous devons obtenir au maximum un soutien international pour clore ce chapitre douloureux.
Barros Basto est un personnage courageux qui s’est levé pour le peuple juif, défiant le pouvoir en place pour aider ses frères. Il a été victime d’antisémitisme, alors comment pouvons-nous rester silencieux?
Il ya plusieurs années, dans un village du nord de Portugal à Amarante, je suis allé au cimetière local où se dresse une tombe simple et sans fioritures celle de Barros Basto. Là, j’ai fait la promesse de faire ce tout ce que je peux rétablir son honneur .
Il ya aujourd’hui une occasion sans précédent pour le faire et nous ne devons pas la  laisser passer.
La tache sur le nom de cet homme noble est aussi une tache sur le Portugal lui-même, et il est temps pour qu’elle soit retirée, une fois pour toutes.
Réhabiliter le « Dreyfus » portugais et que justice soit faite, afin que son âme puisse enfin reposer en paix.

Adapté par Aschkel pour Israël-flash source Israpundit



Lire la suite: http://www.israel-flash.com/2011/11/portugal-il-est-temps-de-rehabiliter-le-dreyfus-portugais/#ixzz1eBu0l22L